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Obra de R$ 72 milhões amplia captação de água em Cascavel

- 20 de julho de 2020
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Cerca de 30 quilômetros de rodovias pavimentadas, estradas rurais e grandes chácaras separam o centro de Cascavel de uma de suas obras mais emblemáticas: a barragem de captação de águas no Rio São José, na comunidade de São Salvador. É o primeiro estágio da ampliação do abastecimento previsto no plano diretor para as novas gerações.

O ponto azul e amarelo no mapa dos arredores do município incrementará o abastecimento do município em 25% na próxima década. O investimento da Sanepar é de cerca de R$ 72 milhões e engloba, ainda, a ampliação da estação de tratamento de água e das estações elevatórias de água, localizadas nas margens do Rio Cascavel.

As obras da estrutura de captação atingiram patamar de 70% no começo de julho. O prédio erguido sobre o rio já está praticamente concluído, assim como a tubulação de 14 quilômetros que vai levar as águas até a estação de tratamento do Rio Cascavel, que a bombeará até o perímetro urbano do município. Ainda restam algumas instalações elétricas e a cabine de força.

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“Cascavel é uma cidade que atrai muitas empresas e que tem potencial imenso de crescimento, o que induz investimentos pesados em cidadania e qualidade de vida”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Segundo ele, o novo sistema de captação de água vai ajudar o município nos próximos anos e já há um planejamento para ampliar essa captação, o que mostra que o Oeste é um dos pilares do desenvolvimento sustentável do Estado.

“Esse sistema tem uma importância significativa para Cascavel, que é uma cidade que cresce no ritmo do agronegócio. É uma obra de grande porte e que nos dá condição de atendimento pelos próximos dez anos”, diz o gerente-geral regional da Sanepar, Renato Mayer Bueno. “O principal é a capacidade de prover a infraestrutura que o município precisa para o seu desenvolvimento econômico, além da garantia de saúde e melhores condições de vida”.

A Sanepar tem a outorga do Rio São José desde 2002 e tem feito monitoramento da qualidade da água de tempos em tempos, mesmo antes de iniciar a captação. Esse rio tem classificação 2 no Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e atende toda a legislação que regula os mananciais para abastecimento das cidades. No controle efetuado pela companhia, nunca foram encontradas alterações que possam comprometer a qualidade da água ou inviabilizar seu uso para o abastecimento.

PROCESSO – Uma vez concluída, a barragem de nível terá suas três comportas elétricas automatizadas fechadas e a água vai passar por cima da estrutura de concreto cravada no fundo do rio. Ela será captada por três bombas (são cinco no total, com duas reservas) que estão sendo instaladas na margem direita do fluxo e a captação será direcionado por grandes tubos até tanques sedimentadores de 210 metros cúbicos, que têm como função ajudar a filtrar a areia e qualquer tipo de sujeira mais grossa.

Desse tanque a água filtrada é encaminhada para outro reservatório com capacidade para armazenar 200 metros cúbicos, localizado no prédio principal da estrutura. Em seguida a água será encaminhada por um sistema de bombeamento para a estação de tratamento por tubulações enterradas a 1,5 metro de profundidade em meio ao cenário rural. Elas têm 700 milímetros de diâmetro e podem levar a água com fluxo de 350 litros por segundo.

Também estão em andamento as obras de ampliação da estação de tratamento de água e das estações elevatórias de água, localizadas nas margens do Rio Cascavel. Com essa ampliação, a unidade passará a tratar 750 litros de água por segundo (eram 200). Estão sendo implantados novos filtros, floculadores, decantadores, sistema de dosagem e controle de produtos químicos, câmaras de contato e duas lagoas para depósito do lodo resultante do tratamento.

Nesses R$ 72 milhões aportados pela Sanepar também estão previstos os equipamentos elétricos, de tratamento e de automação, um reservatório com capacidade para 2 milhões de litros de água e proteção da mata ciliar do Rio São José ao longo do seu curso.

PLANO DIRETOR –De acordo com a Sanepar, cerca de 75% da captação atual de água é feita nos rios Cascavel, Peroba e Saltinho e os outros 25% de 16 poços artesianos do Aquífero Serra Geral. O plano diretor municipal, sancionado em 2017, define, ainda, que os rios São José e do Salto podem compor o sistema hídrico municipal e ser usados para o abastecimento da população. Foi nesse período que a Sanepar começou a organizar o investimento para utilização do primeiro.

“Mapeamos esses rios há tempos e optamos por começar as obras pelo Rio São José. É uma obra de grande porte e que nos dará segurança para os próximos anos. Também é importante diante de um histórico recente de crise hídrica na cidade e de um momento delicado por qual o Paraná passa”, afirma Claudio Stábile, presidente da Sanepar.

O processo de expansão da companhia conta ainda com a captação no Rio do Salto, cerca de sete quilômetros abaixo do Rio São José, em direção a Boa Vista da Aparecida. Esse rio nasce em Cascavel, nas proximidades com a BR-277, e é um dos afluentes do Rio São Salvador, que desemboca no Rio Iguaçu.

“Cascavel se mantém há alguns anos entre as melhores cidades do País em abastecimento de água e redes de esgoto. Os investimentos da Sanepar são uma garantia de que essa estrutura será melhorada e que as próximas gerações terão a mesma qualidade de vida”, diz Leonaldo Paranhos, prefeito de Cascavel.

SÃO SALVADOR – São Salvador é uma pequena comunidade rural de cerca de três mil habitantes. A região tem como vocação a produção de soja e milho, mas também pecuária, fruticultura e olericultura. Ela está localizada na bacia do Baixo Iguaçu, uma das três que compõem o mapa de recursos hídricos municipal, composto, também, pelas bacias do Piquiri e do Paraná.

Fonte: AEN

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