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Investimentos do Estado impulsionam agricultura familiar na região central do Paraná

- 23 de junho de 2022
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Pelo menos 500 famílias serão beneficiadas de forma direta com cinco quilômetros de estrada rural ligando a comunidade Chapéu do Sol a São José, em Santa Maria do Oeste, na região central do Paraná. O convênio para início das obras foi assinado pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, e pelo prefeito Oscar Delgado, nesta quarta-feira (22), em Chapéu do Sol.

O Estado participa do projeto com investimento de R$ 1.492.778,45. A contrapartida municipal é de R$ 95.283,73. Segundo Ortigara, uma estrada bem pavimentada ajuda para muitas atividades, entre elas saúde, educação e turismo. “Para a agricultura, barateia mais as coisas e pode sobrar mais para as famílias”, disse. “O desafio do produtor rural é diário e isso é bom porque estimula a correr atrás de soluções, e é feliz quem consegue evoluir para tornar o trabalho mais leve e render mais dando melhores condições de exercer a cidadania”.

O representante da Associação Chapéu do Sol e da Casa Familiar Rural, Marcos Jefer, destacou o benefício que a estrada trará. “Para que haja desenvolvimento é preciso ter bons acessos, além do que, não teremos mais problemas para chegar em casa”, afirmou.

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O prefeito Oscar Delgado salientou que a comunidade é uma das poucas que crescem, e que é basicamente formada por agricultores familiares. “Foi um trabalho coletivo para se chegar a essa assinatura”, afirmou. “A estrada vai valorizar a propriedade, dar dignidade a todos, tem vários alunos que estudam aqui e vão chegar com mais alegria”.

COOPERATIVA

Em Palmital, na mesma região, o secretário da Agricultura entregou dois barracões para a Cooperativa Mista da Agricultura Familiar de Palmital (Coomfal), que vão atender cerca de 1,9 mil pequenos produtores de hortigranjeiros e produtos agroindustrializados de origem animal e vegetal. Neles estão instalados os centros de recebimento e classificação de produtos. Os empreendimentos tiveram recursos de R$ 200 mil do governo estadual e R$ 34 mil de contrapartida.

“É importante isso que vocês construíram, de ter um ambiente melhor, mais estrutura, mais capacitação técnica, mais organização, mais potencial a ser explorado”, disse Ortigara. Ele acentuou a necessidade de ousadia para chegar ao consumidor com mais produtos processados e valor agregado. “A disposição do Estado é auxiliar, cooperar sempre”.

O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, fez questão de parabenizar Palmital, que tem um dos maiores rebanhos do Estado, por estar com mais de 82% de atualização cadastral, que termina em 30 de junho. “Isso é resultado da seriedade com que vocês trabalham todos os dias”, disse.

Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o que fez diferença na agricultura paranaense foi ter coragem de ousar tecnicamente e se organizar. “A gente precisa se transformar em produtor tecnicamente bem preparado para avançar e ganhar dinheiro, e para ganhar dinheiro tem de produzir e vender bem”, afirmou. “O IDR-Paraná está aí para ajudar porque só tem razão de existir se for para ajudar os pequenos agricultores”.

O prefeito Valdenei de Souza conclamou os agricultores a “pensar mais alto”. “Através das associações, a gente pode melhorar a produção e a renda no bolso de cada um, o dinheiro gira no comércio local e juntos venceremos porque um depende do outro”, disse.

FRIGORÍFICO

O secretário também visitou a Frigodasko, uma das maiores empresas de Pitanga, também na região Central, que tem 520 funcionários. De acordo com o proprietário, Márcio Dasko, outros 70 devem se incorporar em breve com a expansão da área física do frigorífico.

O abate diário de 270 bovinos e suínos deve se ampliar para 400. Ele fornece carnes e processa cerca de 50 subprodutos. Além disso, Dasko está em processo para conseguir o certificado do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi). Com isso, poderá ampliar o número de potenciais consumidores, dos 30 mil habitantes de Pitanga para o Brasil todo.

“Os anúncios de implantação ou ampliação de empreendimentos na cadeia de proteínas animais decorrem também da boa sanidade implantada no Estado e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal e das condições favoráveis que existem para investimentos no Paraná”, disse Norberto Ortigara. “O nosso esforço agora é para abrir mercados e vender”.

Fonte: AEN

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