Um café na Inglaterra foi a primeira grande experiência que marcou a adolescente Victória Odorizzi, de 15 anos. Ela desembarcou no país do Rei Charles III e pôde viver a vida inglesa por seis meses através do programa Ganhando o Mundo, ofertado pelo Governo do Estado do Paraná.
O intercâmbio dá a oportunidade para que alunos da rede pública estudem um semestre letivo fora do país com todas as despesas pagas, aprendendo uma nova língua e conhecendo uma nova cultura.
Morando na cidade de Salisbury, ou Salisbúria em português, Victória foi acolhida por uma família na pequena cidade histórica no condado de Wiltshire, no interior do sudoeste da Inglaterra. Lá, ela frequentou a escola, conheceu uma nova cultura, visitou museus e lugares históricos que marcarão para sempre a sua jornada. Ela conta que, ao chegar na cidade, foi recepcionada pela família e convidada a ir ao café onde sua “mãe” anfitriã trabalhava. Foi nesse momento que vivenciou sua primeira experiência marcante.
“Eu cheguei no café dela, deveria ser umas três horas da tarde, e o lugar estava cheio de crianças e idosos conversando. Eu sentei lá, tentando entender que eu estava na Inglaterra, tomando um café e assimilando tudo. E ela veio, me explicou sobre o café, apresentou suas amigas que trabalhavam com ela. Essa foi minha primeira experiência bem marcante que eu tive.”
Juntas às memórias e ao aprendizado acumulado, Victória também trouxe as fotos dos lugares que visitou e das amizades que cultivou no país, o qual ela já fala em voltar. O programa propôs uma competição de fotografias entre todos os participantes, e a intercambista corbeliense conquistou o 3º lugar. A semana foi marcada por uma exposição no Colégio Cívico Militar Amâncio Moro. Além de conhecerem as experiências vividas pela colega, os alunos também puderam tirar dúvidas sobre o programa e matar a curiosidade sobre o dia a dia de Victória como estudante.
Como aluna, a adolescente teceu elogios para o sistema educacional inglês. Ela destacou a excelente estrutura e todo o apoio recebido. “Apesar de ser uma escola pública, eles tinham uma estrutura muito, muito boa. Tudo que a gente precisava, tinha na escola. Todo o apoio que a gente imaginava, eles forneciam.”
No aspecto pedagógico, Victória explicou que algumas matérias eram obrigatórias e outras, optativas. “Nós tínhamos cinco matérias obrigatórias, como no Brasil: matemática, inglês, ciências, etc. Além disso, havia matérias opcionais como geografia, história e música.” Música foi a disciplina escolhida por Victória para frequentar durante o semestre.
Ela lembra também que todo o sistema escolar trabalha incentivando a criatividade e o preparo para o mercado de trabalho: “As escolas davam muitas oportunidades para os alunos explorarem o lado criativo e ofereciam matérias voltadas para áreas de interesse pessoal, além de iniciativas para preparar os jovens para o mercado de trabalho. Por exemplo, havia programas de estágio em lojas e franquias. Foi muito enriquecedor estar lá, viver tudo isso e perceber o quanto valorizam o futuro das crianças e adolescentes.”
Apesar da distância de quase 10 mil km em linha reta de Corbélia a Salisbury, Victória não conseguiu não saudades do Brasil. E quando voltou para casa sentiu que parecia ter vivido um sonho. “Foi uma experiência incrível. Eu aprendi muito e cresci como pessoa, mas também senti saudade do Brasil e da minha rotina aqui. Quando voltei para Corbélia, parecia que eu tinha vivido um sonho.”
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