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Corpo de Bombeiros de Corbélia atua sem caminhão de combate e efetivo mínimo

- 1 de outubro de 2019
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A polêmica envolvendo o caminhão do Corpo de Bombeiros Comunitário de Corbélia teve um novo capítulo neste fim de semana. Uma residência localizada na Avenida Castelo Branco foi consumida pelo fogo na madrugada de sábado (29), e a demora no atendimento gerou revolta nos familiares das vítimas.

A filha dos proprietários da casa, que não estavam no local quando o incêndio aconteceu, divulgou em redes sociais a indignação na demora do resgate.

“Fomos informados pelos funcionários da defesa civil que o caminhão está parado e não pode ser usado pra combater o fogo porque não está liberado pelas vias legais, todos os vizinhos ligando pedindo ajuda e só depois que as chamas tomaram conta de tudo que chegou o caminhão pipa da prefeitura porque não conseguiram acionar os bombeiros de Cascavel”.

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Apesar do caminhão do Corpo de Bombeiros de Corbélia ter sido consertado, depois de um acidente em agosto de 2018, ele não voltou mais para as mãos da defesa civil do município. Um descumprimento por parte do município, impede a sua utilização.

De acordo com o Sargento do Corpo de Bombeiros Comunitário de Corbélia, Ednilson José dos Santos, o problema acontece porque Corbélia não cumpre a legislação na quantidade de efetivo suficiente.

A lei preconiza que o Corpo de Bombeiros Comunitário, deve ter 10 agentes para que o Estado possa continuar fornecendo o caminhão. Atualmente, o Corpo de Bombeiros de Corbélia conta com apenas 5 servidores ativos, e um que está afastado por licença médica.

“Hoje com cinco servidores nós não podemos, o Ministério Público será o primeiro a vir. Aqui a política continua 24/72 horas, em regime de sobre aviso”, explica o Sargento.

O número reduzido no efetivo em Corbélia, não é novidade, o problema já vem se arrastando há pelo menos 3 anos. No ano passado, quando houve o acidente em Longuinópolis, o caminhão já estava atuando de forma irregular, já que o efetivo tinha apenas 8 agentes. De lá pra cá, três agentes pediram exoneração dos cargos.

Quando o caminhão voltou do conserto, ele já foi levado para o 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Cascavel, e não deve retornar enquanto não haver o efetivo necessário. Sem a principal ferramenta de trabalho, os agentes atuam como podem para combater os incêndios no município.

Quando a equipe recebe um chamado, o único agente de plantão, se desloca até o local para averiguar a gravidade, enquanto um administrativo entra em contato com o motorista do caminhão pipa da prefeitura, ou, quando está sozinho no período da noite, cabe ao mesmo agente também acionar o servidor.

Em caso de incêndio ou acidentes de grande proporção, o 4º Grupamento de Bombeiros de Cascavel é acionado, mas o deslocamento com o ABTR da cidade vizinha é de quase 40 minutos até Corbélia.

No caso registrado no último sábado, foi dessa forma que os agentes atuaram. O Sargento explica que a demora para o caminhão pipa chegar, ocorre porque o motorista é da prefeitura, e ele não está de prontidão, nem próximo ao caminhão, como estariam os agentes da defesa civil, e esse tempo é crucial para o combate às chamas.

O efetivo do Corpo de Bombeiros de Corbélia só deve aumentar no fim do ano, com a entrada dos selecionados no concurso da Defesa Civil realizado no último dia 23 de setembro.

Os novos servidores deverão passar por um curso interno de capacitação, o que atrasa ainda mais o início dos trabalhos. O Sargento Ednilson explicou o processo burocrático para que a contratação aconteça.

“O município tem essa autonomia para fazer o gerenciamento administrativo, mas a técnica que é a nossa, nós temos a autonomia. O município traz os quatro contratados, os primeiros colocados, dentro dos critérios adotados no que se refere ao edital do concurso. Então os Bombeiros fazem essa qualificação”.

O Corpo de Bombeiros de Corbélia, não é exclusivo do município, ele também atender Anahy, Braganey e Iguatu. O Sargento conta que em Setembro, em um único dia, chegou registrar mais de 20 incêndios ao mesmo tempo, o caminhão e o número de bombeiros fazem a diferença em situações como essa.

“Um bombeiro quando vai numa atividade, independente do número de caminhões, ele precisa de apoio, para sinalizar trânsito, pois todos os momentos que você sai para ocorrência, sempre ajuda. No dia 9 de setembro, ao mesmo tempo, nós tínhamos 25 incêndios e dois caminhões em Corbélia, tava pegando fogo em Braganey, Iguatu, Nova Aurora, e na entrada de Cascavel”.

Programa Bombeiro Comunitário

O Programa Bombeiro Comunitário acontece quando o município disponibiliza ao Corpo de Bombeiros Militar um mínimo de dez funcionários que passam por qualificação e treinamento e após isso, são declarados Agentes de Defesa Civil e entram para a equipe de emergência da cidade.

O caminhão de Corbélia mesmo consertado, foi retirado de Corbélia justamente pela falta do efetivo, até a entrada dos novos membros.

Mesmo após a volta do veículo, que está prevista para o final do ano, o Corpo de Bombeiros de Corbélia vai continuar com o apoio dos veículos da Defesa Civil, para resguardar situações atípicas de incêndio, como foi o caso do mês de setembro, com muitos registros de incêndio em vegetação.

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