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Corbélia conta com trabalho especializado para evitar aumento de casos de dengue

- Cidades, Corbélia
11 de novembro de 2019
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Durante o ano, diversos municípios como Cascavel e Cafelândia chamaram a atenção com números de casos de dengue. Apesar do inverno seco, que dificulta a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a saúde ainda enfrentou notificações da dengue, e cidades até entraram em estado de epidemia de dengue, como foi o caso de Foz do Iguaçu. Corbélia não chegou a precisar alarmar a população quanto a dengue, mas não deixa de trabalhar para a prevenção no município.

Começamos falando de números: nos primeiros meses de 2019, foram registradas, até o fim de setembro, 171 notificações de dengue em Corbélia. Deste número, 38 casos deram positivo, e 131 foram descartados. No momento, dois casos ainda aguardam resultado laboratorial. No município, também não há registros de Chikungunya ou Zika Vírus.

No dia 23 de outubro, foi realizada na sede do Poder Legislativo, a reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde, o CMS de Corbélia. Nessa reunião, a pauta principal foi o Plano de Contingência de Dengue, no período de 2019/2020.

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Conversamos com o Coordenador da Vigilância Ambiental e Endemias, Augusto Tomazini, que explicou que o plano de contingência cria protocolos de ações de trabalho na saúde para o ano todo. Serve também, para monitorar os casos e a movimentação no município. Se a cidade recebe mais de 22 casos da dengue, é decretado um período emergencial, onde são feitas reuniões frequentes com a equipe, nas regiões de risco e o trabalho de porta em porta.

De acordo com Tomazini, as áreas de maiores riscos em Corbélia são bairros onde moradores trabalham fora da cidade, podendo trazer a dengue para o município. Áreas de moradores com baixo poder aquisitivo também entram no quadro de risco.

“Nossa maior preocupação é a pessoa que escapa da saúde pública. Hoje a pessoa começa com sintomas de dengue, passa por unidades de saúde, o médico notifica, antes e 24h a ficha para na epidemiologia, fazemos um raio que vai até a casa da pessoa, traça o raio de 300 metros e começa um trabalho nessa região com 4 ou 5 agentes. Eles vão de casa em casa eliminar todo e qualquer foco de dengue. O mosquito não voa mais que 300 metros, tentamos acabar com os ovos, para não aumentar a notificação”. Moradores que utilizam do sistema de saúde particular não estão fora do monitoramento da vigilância. Os casos são notificados diretamente graças a um trabalho feito pelos profissionais da saúde também da rede particular.

Ainda assim, o coordenador explica que mesmo que o plano de contingência seja eficiente, não há como evitar casos de dengue, e sim evitar a proliferação de casos. Os trabalhadores de campo fazem visita de casa em casa, tem treinamento para saber de suspeitas de dengue e vão nos locais para fazer o raio de bloqueio. “Temos 10 pessoas de campo, mais um coordenador, temos tecnologia diferenciada. Um software e um tablet. Quando o agente sai, ele usa o tablet. Sei por onde o agente passou, o que ele fez, o tempo que ficou e o que achou no lote, ele cadastra tudo no sistema. Capturamos todas as larvas que a gente acha e analisamos em laboratório se é de dengue”.

O trabalho de prevenção conseguiu alcançar todos os imóveis mapeados do município. Corbélia tem o total de 10200 locais que a equipe de endemia realiza os trabalhos. “O mesmo trabalho que é feito em Corbélia, é dividido em dois ciclos, de 6 meses. Temos que fazer pelo menos 80% dos imóveis de Corbélia. No quinto ciclo fizemos 100% dos imóveis de Corbélia. Se for local de riscos de foco, podemos entrar com força policial, mas geralmente o pessoal tem deixado a gente entrar e fazer o nosso trabalho”.

Ainda que equipe da vigilância do município trabalhe para evitar a proliferação do mosquito, e mantenha os baixos índices da doença em Corbélia, ainda há o trabalho que também deve ser feito pela própria população.

“Em Corbélia identificamos que tem dois casos que encontramos muitas larvas e criadouros: aquelas caixas d’água que o pessoa guarda agua da chuva para horta e jardim. O pessoal tem que tomar muito cuidado quando vai fazer essa reserva para usar no jardim, porque é uma água sem cloro, é propícia, é limpa, e geralmente coloca meia tampa, e o cano que sai da caixa d’água porque é lá que o mosquito entra e se reproduz, porque o Aedes não gosta nem de vento nem de luz. As picadas são sempre na manhã ou fim da tarde. Pessoal tem que cuidar e colocar tela de proteção nos ralos. Tem casa que tem ralo d’água mas sempre tem agua represada, o Aedes se adaptou e se reproduz em água suja, com sabão ou fossa. E outro local que achamos muito mosquito são as fossas. Tem que cuidar com lixo no lote, folhas de palmeira, que forma água, limpeza regular das calhas, colocar areia nos vasos de planta. Limpeza no potinho do cachorro, tem que ser lavado com bucha”.

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