O Terceiro Sargento do Corpo de Bombeiros e Supervisor da Brigada Militar de Corbélia, Paulo Favin, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 27, e trouxe detalhes da operação de resgate das vítimas Ercília Soares e da sua filha, Elisandra Pereira. Ambas caíram em uma fossa de mais de 10 metros que estava desativada.
A operação durou quase quatro horas e contou com mais de 10 pessoas e equipes do Corpo de Bombeiros de Cascavel, da Brigada Militar e da Defesa Civil de Corbélia.
Segundo Favin, o primeiro chamado de socorro veio diretamente para o Posto de Brigada Comunitária de Corbélia através do SAMU. O chamado dava conta de que duas pessoas tinham caído em um poço ou uma fossa, mas que não era possível fazer a identificação com certeza.
“A nossa equipe da brigada comunitária foi a primeira a chegar ao local. Chegando ao local eles verificaram que supostamente tinha duas vítimas, e não conseguiam ter acesso, mas eles escutavam a voz. Eles não sabiam dizer se eram uma ou duas pessoas. Como eles observaram que era complexo, eles acionaram Cascavel. Cascavel na verdade já recebeu uma ligação lá e eles já estavam em deslocamento também com quatro viaturas. Chegando ao local eles verificaram que além de ser um poço ele era um espaço confinado e também estava com estruturas colapsadas. Então vários móveis estavam em cima das vítimas.”
Favin contou ainda que as equipes informaram que a situação poderia ser ainda pior do que foi visto no primeiro momento, pois não era de conhecimento de ninguém se poderia haver gás no local, além de muito entulho:
“O primeiro socorrista teve acesso após verificar a presença de gás ou não. Então verificando que não tinha gás toxico, o primeiro socorrista tentou abordar pra ver se conseguia visualizar a vítima. Chegando lá embaixo no poço, eles identificaram que não conseguiam ter acesso as vítimas, devido a grandes estruturas obstruindo, então já foi montado um sistema para retirar essas moveis esses entulhos para ter acesso às vítimas.”
O Sargento também falou sobre a possível causa da morte das duas mulheres:
“O médico legista do IML provavelmente vai dar causa mortis, mas tem vários fatores né, pode ser ausência de oxigênio, porque ele faz um bolsão de ar quando é uma estrutura colapsada. Pode ser devido às lesões internas, devido há que foi mais de 10 m de altura, então elas podem ter algumas lesões durante a retirada dos escombros, pode ter agravado e levado a óbito.”
Ele citou a intervenção inicial no local do acidente e os próximos passos das investigações:
“O que nós fizemos primeiro momento foi interditar a área para ninguém ter acesso, nem familiares ter mais acesso e agora engenheiro da prefeitura junto com a defesa civil municipal vão fazer o laudo interditando se necessário as residências em colapso.”
Quanto a existência ou não de uma vistoria na edificação que foi avariada, Favin disse:
“Não tinha nenhuma vistoria porque o corpo de bombeiros não faz vistoria e residência unifamiliar. Então para ter uma vistoria pela defesa civil municipal ou pelo corpo de bombeiros tem que ter alguma denúncia né que oferece através do ministério público ou através do corpo de bombeiros mesmo para ir no local para fazer a vistoria.“
Confira a entrevista:
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