Técnicos da ADAPAR e Vigilância Sanitária no município de Cafelândia realizaram uma vistoria na manhã desta quinta-feira, 09, no açude onde diversos animais, entre peixes e gansos, morreram após consumirem a água. O fato vinha sendo registrado entre o dia 24 de dezembro, e 2 de janeiro, e foi divulgado pela imprensa na última terça-feira, 07.
O Fiscal da Defesa Agropecuária e Engenheiro Agrônomo Nilton Lima, explicou que a visita faz uma análise preliminar sobre a situação, e imediatamente foi descarta a contaminação por agrotóxicos ou fertilizantes.
“Aparentemente não houve uma contaminação ambiental, pelo menos da parte de agrotóxicos e fertilizantes. Não há indícios de relevantes que podem estar relacionado a mortalidade desses peixes. Acreditamos que outras hipóteses devem ser investigadas, como a contaminação individual desses animais. Até porque existem muitos animais saudáveis aqui que não apresentaram nenhum sintoma de intoxicação. Nossa análise é que não seja de atribuição da Defesa Agropecuária essa questão da mortalidade desses animais.”
O Fiscal da Defesa Agropecuária e Médico Veterinário João Modesto Júnior, também descartou a possível contaminação pelos vírus da Influenza Aviária e doença newcastle. “Nestes dois casos que foram avaliados a gente descarta a suspeita. Visto que levamos em consideração o aspecto animal dos animais que estão saudáveis aqui na propriedade, como também todo o histórico da doença. Fica descartada a suspeita dessas duas doenças. ”
A médica veterinária Angela Idalia Sovinski da Secretaria de Agricultura e Anderson Luiz Alves de Almeida da Divisão de Inspeção Sanitária e Fiscalização da Prefeitura de Cafelândia também acompanharam a vistoria. Anderson explicou que no próximo dia 20 o município vai fazer a coleta e análise da água da mina somente em que a família faz o consumo, a qual é de responsabilidade da vigilância. A análise acontece através do projeto do estado, chamado Vigiagua. Em dias determinados pelo programa os técnicos fazem a coleta para a análise de turbidez e colimetria.
O açude fica em um sítio às margens da PR-180, e é muito próximo ao perímetro urbano da cidade. De acordo com relatos, dias antes próximo a data de início da morte dos animais, adolescentes foram vistos no local pescando, e jogando “coisas” dentro do açude. O que levanta a suspeita de que algum produto poderia ter sido descartado no local, já que a mesma água da mina alimenta dois açudes, e em um deles houve o registro de morte de animais.
Com a conclusão dos levantamentos da ADAPAR em que descarta doenças infecciosas nos animais, e contaminação acidental por agrotóxico o órgão encerra a investigação do caso. O proprietário foi orientado a registrar um Boletim de Ocorrência para uma investigação policial, visto que os registros de morte aconteceram em um único açude.
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