
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente três homens de 25, 28 e 32 anos, suspeitos de terem praticado o homicídio de Elias Andrade Lopes da Silva, de 30, ocorrido no dia 26 de junho, no bairro Rebouças, em Curitiba. As capturas aconteceram na manhã desta quarta-feira (16).
Conforme o delegado da PCPR Ivo Vianna, o crime ocorreu na área externa de um posto de combustível, no qual a vítima, moradora de rua, chegou pedindo socorro e sendo perseguida pelos suspeitos.
As imagens obtidas no estabelecimento comercial mostraram que a vítima foi espancada por quase 30 minutos. Nas gravações divulgadas pela Polícia é possível ver toda a ação dos suspeitos. Elias chega correndo no posto de combustíveis, e na sequência chegam os três seguranças que começam a cercá-lo. Ameaçando eles apontam uma arma para a vítima. Alguns minutos depois Elias é contido e começa a sessão de agressão ainda na porta do estabelecimento. Eles arrastam a vítima para o estacionamento e continuam o espancamento. Segundo a polícia os homens se utilizaram cassetetes, uma barra de ferro e de um martelo para agredir Elias.
“No dia, a vítima chegou a ser socorrida, mas entrou em óbito horas depois no hospital. Segundo apurado, as agressões teriam acontecido porque ela estaria praticando furtos no bairro onde o fato ocorreu”, explica.
Após as agressões as imagens mostram os três seguranças levando a vítima para a rua. Em seguida eles começam a realizar uma limpeza nos locais por onde a vítima foi espancada. Com água em um regador e uma vassoura eles limpam o sangue deixado.
Há a suspeita de que eles sejam os mesmos indivíduos que agrediram e esfaquearam dois moradores de rua no bairro Prado Velho, na madrugada do dia 10 de julho deste ano. Um deles, inclusive, já foi reconhecido por uma testemunha.
“Nesse último caso, além das agressões, uma das vítimas foi esfaqueada nas costas, próximo ao pulmão, e se encontra internada em estado grave”, diz.
Durante as investigações, testemunhas relataram que os episódios de agressões a moradores de rua são recorrentes, também sendo referido que os indivíduos costumam atear fogo nos barracos onde essas pessoas dormem.
“Em todas as ocasiões, os suspeitos vestiam máscaras balaclava e usavam um veículo pertencente a empresa de segurança a qual prestavam serviços, além de instrumentos como cassetetes, facas e barras de ferro”, completa.
Todos os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário.



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