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A água da chuva escorre
Lentamente pela janela.
A encosto, e minha mão congela,
Como meu coração,
Que não sente seu calor.
Meu quarto agora é escuro e abandonado,
Tralhas estão jogadas por ele.
O apagão parece não parar,
Sua luz é a única que acende
No céu do luar.
Minha casa é vazia,
Tenho marcas sangrentas
Onde me tocou.
A porta da frente não se abre há anos-
Também te espera.
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Fico com o telefone colado à orelha,
Para que,quando você me ligar,
Eu atenda na hora
E você não desligue.
Mas os fios já foram cortados…
O jeito seria o impossível: te deixar.
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