A Prefeitura de Cascavel, por meio da Cohavel – Companhia Municipal de Habitação, oficializou na manhã desta quarta-feira (18) a doação de lotes da Cohapar – Companhia de Habitação do Paraná, ao Município, com o objetivo de dar início ao processo de regularização fundiária de quatro áreas distintas da cidade.
O ato simbólico, realizado no Paço, marca um momento histórico para mais de 200 famílias que vivem há quase 30 anos em regiões ainda não regularizadas.
Estiveram presentes autoridades locais, representantes do Governo do Estado, parlamentares, técnicos da área de habitação e os moradores que agora comemoram o reconhecimento legal de suas casas. Ao todo, 215 famílias serão diretamente beneficiadas nesta etapa, que representa um avanço decisivo em busca de justiça social e dignidade habitacional.
O prefeito Renato Silva comemorou o momento e destacou o compromisso do seu governo. “É triste ver pessoas morando em cima de uma área que é delas, mas sem ter o documento. Por isso, é uma alegria poder estar facilitando a vida dessas pessoas, cumprindo o dever do poder público, que é dar dignidade às famílias. É a justiça sendo feita. Estamos cumprindo nossa missão, rompendo paradigmas e levando dignidade a quem precisa”.
Os lotes doados incluem:
48 no Loteamento Madevani (128 famílias)
30 no Loteamento Novo Mundo (87 famílias)
1 no bairro Cascavel Velho (2 famílias)
1 no Parque Verde, destinado ao programa Adote uma Praça
O presidente da Cohapar, Jorge Lange, reforçou que a parceria entre Governo do Estado e Prefeitura representa mais de R$ 12 milhões em áreas transferidas e destacou que a regularização fundiária é também uma forma de fomentar habitação e desenvolvimento urbano. “A partir do momento em que as famílias têm o domínio do imóvel, elas realizam seus sonhos e passam a ser vistas como proprietárias e não mais como invasoras. Com isso, elas se sentem seguras para investir no imóvel, esses imóveis se valorizam, valorizam a cidade e melhoram o aspecto urbano. É uma coisa boa para Cascavel e para os moradores também.”
O deputado estadual Gugu Bueno enfatizou o impacto social da ação. “Quando você dá a um trabalhador a possibilidade de ter a casa própria, está transformando a vida da família. Moradia é um ato de dignidade. São famílias que viveram anos sob o risco de despejo e que agora terão sua titularidade garantida”, afirmou.
O trabalho de levantamento das informações já foi iniciado pelas equipes da Cohavel e o processo segue agora para as etapas técnicas e legais de formalização. O presidente da Companhia, Vinicius Boza, anunciou que dentro de um ano as famílias já devem estar com os documentos de regularização em mãos. “Com isso, essas famílias vão poder ligar água, luz, receber correspondência e, acima de tudo, terão a garantia de que ninguém poderá tirá-las de lá”.
O evento também contou com a presença das famílias que serão beneficiadas. Marineuza Casagrande, que vive há mais de 20 anos no mesmo endereço, destacou a importância desse momento. “É uma coisa muito importante pra mim, porque criei todos os meus filhos morando nesse endereço. Meu filho mais velho já tem 20 anos, vai fazer 21 anos que estou lá. Por isso, é uma alegria saber que agora eu vou poder dormir tranquila. Era um pedido que eu fazia todos os dias a Deus”, contou emocionada.
Município prepara expansão histórica na política habitacional
Após o ato simbólico desta manhã, o prefeito Renato Silva se reuniu com o deputado Gugu Bueno e o presidente da Cohapar, Jorge Lange, para discutir novas frentes de atuação. O foco agora é viabilizar a construção de novas moradias em terrenos públicos ociosos, garantindo mais agilidade na entrega de habitações em diferentes modelos e regiões da cidade.
Segundo o prefeito, o compromisso da sua gestão é dar propósito às áreas públicas que hoje estão sem uso adequado, acelerando soluções para a demanda habitacional de Cascavel. “O processo é lento, porque o sistema público é emperrado, mas é preciso coragem para romper esses entraves e nós estamos fazendo isso. Esse é o meu compromisso como prefeito: dar destino útil a dezenas de terrenos públicos ociosos e garantir que mais famílias possam ter acesso à casa própria”.
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