Na última terça feira, 7 Corbélia viu os empresários saírem às ruas em protesto contra o fechamento de serviços não essenciais estabelecido em Decreto pelo Governador Ratinho Júnior, 7 dias antes. A mobilização foi mais uma tentativa de chamar a atenção dos poderes municipais e estaduais.
Mas, afinal, o que o governo municipal poderia ter feito, e o que fez diante da normativa estabelecida. Nós vamos conversar agora com o Prefeito Dr. Giovani e com o Vice-Prefeito Dangelles Decki, em uma entrevista exclusiva de todas as tratativas municipais.
Dr. o Decreto chegou ao Gabinete em Corbélia de uma maneira abrupta e sem conversa como pareceu?
Ainda no fim de março Corbélia implantou no município um hospital de campanha com 54 leitos, sendo 3 de alta complexidade com respiradores e o restante de baixa complexidade de enfermarias. Apesar dos pedidos do município a Secretaria Estadual de Saúde não aceitou o credenciamento do serviço hospitalar bancado pelo município.
Para o prefeito, essa estrutura que atende hoje seis municípios, e compartilha os gastos financeiros, mesmo não recebendo subsídios do Estado deveria ter sido considerada pelo Governador na elaboração do decreto, o que não aconteceu.
As tentativas de reverter à situação do município aconteceram já no dia seguinte a publicação do decreto, tanto por meio da AMOP, como de maneira particular.
A justificativa utilizada pelo Governo do Paraná, é de leitos e insumos em que ele tem a responsabilidade, e isso impossibilitou que os municípios emitissem seus próprios decretos, mesmo que o STF reconhece competência concorrente de estados, DF, municípios e União no combate à Covid-19.
Com as portas fechadas e sem poder trabalhar, o comércio tem sido visto como o responsável pela disseminação do novo coronavírus, no entanto, não é o que acontece em Corbélia. A realidade do município diferente das demais.
Mesmo não concordando com o Decreto, e se solidarizando com os empresários o prefeito não vê outra saída senão seguir a determinação.
O grande receio neste momento é que o decreto seja prorrogado e prejudique ainda mais o município. As conversas agora giram em torno de convencer o Governador a analisar a situação dos municípios separadamente.
A decisão sobre a prorrogação ou não do decreto Estadual estava prevista para a última sexta-feira, 10. O governador Ratinho Junior e os secretários da Casa Civil, Guto Silva, e da Saúde (Sesa), Beto Preto, se reuniram com técnicos da vigilância da Sesa para avaliar os primeiros resultados do decreto que impõe medidas mais restritivas de circulação em 141 municípios do Paraná, mas não ficou definido se o decreto será prorrogado e uma nova reunião com técnicos da Saúde deve acontecer nesta terça-feira (14).
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