O vice-governador Darci Piana recebeu nesta quinta-feira (20) o embaixador da República Portuguesa no Brasil, Luís Faro Ramos, no Palácio Iguaçu, para discutir a ampliação da relação comercial entre o Estado e o país europeu, além de outras possíveis cooperações entre ambos.
Piana apresentou ao embaixador as políticas da gestão para atração de investimentos da iniciativa privada e destacou os possíveis benefícios em negociações futuras com os portugueses. Segundo ele, Portugal poderia ser uma “porta de entrada” das empresas paranaenses no mercado europeu, visando a comercialização de itens produzidos no Estado, o que aumentaria a geração de emprego e renda tanto para o Paraná como para o país europeu.
“Estamos conseguindo fazer com que os investimentos cheguem ao nosso Estado, o que tem trazido um volume de mão de obra bastante expressivo, principalmente na área do agronegócio e nas cooperativas”, destacou Piana.
Para o diplomata, a proposta pode ser viável no futuro e, para isso, é preciso trabalhar em conjunto para diminuir possíveis empecilhos. “Isso ajuda Portugal a querer ter maior cooperação com o Paraná, já que poderia ser uma porta de entrada não só pela língua e cultura, mas pela geografia. É o ponto europeu mais perto dos portos do Brasil”, disse.
“Temos que ultrapassar certos obstáculos que hoje impedem os produtores e empresários brasileiros de pôr o seu produto à venda por meio de Portugal. E nós estamos muito disponíveis para fazer com que isso aconteça”, acrescentou. Uma possível iniciativa para isso levantada por ambos seria a realização de eventos para apresentar a cultura e produção do Paraná em Portugal.
O vice-governador também destacou os investimentos da iniciativa privada em infraestrutura e logística, citando como exemplo o projeto da Nova Ferroeste, e no ensino superior e tecnologia, áreas em que são desenvolvidas pesquisas para aprimorar a indústria do Estado, outros pontos positivos para novas negociações. Piana também falou sobre a atuação das cooperativas paranaenses nas áreas de proteína animal e grãos e sobre a posição de destaque do Paraná na área de sustentabilidade.
Apesar das intenções futuras, já existem cooperações entre Portugal e Paraná em andamento. Segundo Luís Faro Ramos, há uma série de empresas portuguesas e investidores instalados no Estado. Um dos destaques é a exportação de vinhos e azeites do país europeu para o Paraná. Além disso, segundo o embaixador, cerca de 11% do comércio português é feito com o Paraná.
OUTRAS ÁREAS — O embaixador reforçou que o país europeu tem demonstrado interesse em cooperar com o Paraná em outras áreas, como na gestão de resíduos. “Portugal se interessa por resíduos, temos boa expertise nessa matéria, certamente podemos identificar empresas para contribuir com essa demanda”, disse.
Outra intenção do país europeu é acompanhar mais ativamente o projeto da Nova Ferroeste. “Nós europeus muitas vezes nos juntamos em consórcios para entrar nessas licitações e uma área que nos interessa”, disse.
PRESENÇAS — Participaram do encontro a superintendente da Cultura, Luciana Casagrande Pereira; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor do Departamento de Economia Rural da Seab, Marcelo Garrido; o chefe substituto do Erepar, secretário Paulo Fernando Pinheiro Machado; a embaixatriz da República Portuguesa no Brasil, Maria Cristina Ramos; a diretora do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua no Brasil, Alexandra Pinho; o diretor da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – Aicep Brasil, Francisco Salão Costa; e o vice-cônsul da República Portuguesa em Curitiba, Susana Pereira.
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