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Paciente perde 20 quilos com participação em grupo de combate a obesidade em Corbélia

- 7 de novembro de 2019
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Perder peso nem sempre é uma tarefa fácil. Envolve disciplina, força de vontade e tempo. Mas em Corbélia, o NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), percebeu que um grupo de acompanhamento poderia ser o ponto de partida para mudar a qualidade de vida de muitos moradores.

Tudo começou após o Outubro Rosa de 2018. Com os dados coletados da população, o núcleo resolveu convidar as pessoas com IMC (Índice de Massa Corpórea) maior de 35, para participar do grupo de combate a obesidade que estava sendo idealizado no município.

O grupo envolveu psicólogos, nutricionista, educadora física, assistente social e fisioterapeutas, que ministravam palestras a cada 15 dias, e proporcionavam atividades físicas três vezes na semana para quem participou do grupo. Inicialmente, o projeto contava com 20 participantes, todas mulheres.

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Ao longo dos quase seis meses do projeto, as participantes também receberam acompanhamento com nutricionista de acordo com cada necessidade. De acordo com a nutricionista do NASF Viviane Algayer , cada paciente foi acompanhado de perto para a evolução. “Os planos alimentares foram montados após a realização de exames bioquimicos, podendo assim trabalhar a particularidade de cada uma das pacientes, pois algumas além da obesidade apresentam diabetes, hipercolesterolemia, hipotireoidismo e hipertensão”. A previsão é que o grupo acabe no dia 17 de novembro, e trouxe ótimos resultados.

Um exemplo é a cozinheira Maria Carmelita, de 54 anos, moradora de Corbélia. Maria começou a participar do grupo por incentivo da cunhada, que também participa. No começo, a moradora não imaginava o progresso que o programa faria em sua vida. Maria que pesava 97 quilos, relatou que esperava perder 15 quilos, e com o programa, chegou a 73 quilos durante o acompanhamento.

A moradora teve que parar as atividades por conta de uma cirurgia na vesícula, e está há dois meses afastada, mas já tem planos de continuar. “Antes de sair para fazer a cirurgia já deixei meu nome com as meninas, porque ano que vem vai continuar né? Meu médico disse que eu poderia caminhar devagar, então três ou quatro vezes da semana eu vou caminhar, porque acostuma, é muito bom”.

Maria relatou que sente muita falta da rotina de acompanhamento do grupo, e que a sensação de colocar uma roupa que serve no novo manequim é única. “Eu nunca tive coragem, é a primeira vez que eu estou fazendo. Quando eu comecei a fazer, eu já não estava mais trabalhando. Agora estou meio parada, mas se Deus quiser ano que vem eu vou continuar no grupo”.

Apesar de já ter perdido mais de 20 quilos, Maria não estabeleceu uma nova meta, e pretende manter as atividades do jeito que puder. “Até hoje continuo com a alimentação, eu continuo. É muito gostoso, eu continuo fazendo, não to abusando não”.

O Coordenador do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Fabiano Sartori Ferreira de França relatou que o grupo passou a mudar a rotina das participantes, que não tinham contato com alimentação saudável ou práticas esportivas. “A gente percebeu que as mulheres deixaram de ter dor pelo excesso de peso, tiveram mais disposição, relatam que aprenderam a se alimentar melhor, que a qualidade de vida melhorou bastante”.

Agora, o próximo passo do NASF é concluir o grupo e iniciar um novo, dessa vez, com participação de homens. O núcleo vai utilizar dos dados de pesquisa do Novembro Azul para convidar os novos participantes. A previsão do novo grupo é para fevereiro de 2020. Fabiano relata que a intenção do grupo é fazer diferença na vida de quem participa, sem se limitar a ser um grupo apenas de emagrecimento. “A ideia era fazer com que eles mudassem o estilo de vida, não fazer um regime, dieta forçada, era para mudar o estilo de vida. Para isso não ser algo que vão fazer só durante seis meses, que fosse algo viável para manter depois do programa”.

O grupo sofre ainda com a questão de disponibilidade de horário. As atividades acontecem todas em horário comercial, como as atividades físicas que são na parte da manhã e palestras a tarde. Isso acaba impossibilitando que muitos interessados participem do projeto, que já tem planos para o futuro de acordo com Fabiano. “Ideia é fazer que mais pra frente tenha  um profissional que trabalha em escala de horário diferencial para oferecer esse grupo de obesos para quem trabalha em horário comercial”. Até lá, um dos critérios para  a participação do grupo é a disponibilidade de participar das atividades.

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