A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Água e Terra (IAT) alertam a população sobre a possível presença de um felino de grande porte, possivelmente uma onça, circulando em matas próximas ao perímetro urbano de Cascavel.
Na terça-feira (8), um cavalo foi encontrado morto no Bairro 14 de Novembro, com parte do corpo mutilado, o que sugere que o equino poderia ter sido atacado por um animal de grande porte.
Médicos veterinários do zoológico foram até o local e enviaram imagens para especialistas e, nesta quarta-feira (9), a Secretaria do Meio Ambiente recebeu resposta de que pode ser ataque de um felino. Também houve relatos de pessoas que avistaram uma possível onça na zona rural.
“Hoje recebemos um relato de avistamento na zona rural, por isso, por precaução, o Município alerta a população que tome cuidado, principalmente na zona rural e nos arredores da cidade porque pode haver uma onça circulando no entorno de Cascavel”, diz o secretário de Meio Ambiente, Wagener Yonegura. Ele ressalta que a população deve evitar passar pelas proximidades de áreas de preservação permanente.
Na região da Estrada Chaparral, fotos foram feitas de pegadas com aproximadamente 15 centímetros, o que sugere ser de um animal silvestre de grande porte. O secretário de Meio Ambiente, Wagner Yonegura, lembra que uma onça pode percorrer, em uma noite, até 25 quilômetros. “Por isso é necessário o alerta de toda a população”, diz.
Os dois órgãos ambientais avaliam a possibilidade de que a presença de um felino seja real. Essa hipótese foi reforçada após pegadas, de aproximadamente 15 centímetros, terem sido encontradas em uma área rural nas proximidades da Estrada Chaparral. Técnicos da Sema e o IAT foram até o local para investigar as pisadas. Pela espessura das pisadas, suspeita-se de que seja uma onça-pintada.
Orientações
De acordo com Marlize da Cruz, chefe do escritório do IAT em Cascavel, é muito raro uma onça ou puma atacar um ser humano, já que ele não faz parte da cadeia alimentar do felino, mas é preciso ter cuidado porque o animal pode atacar e matar uma pessoa.
Ela destaca que “há evidencias fortes” de que um animal de grande porte matou o cavalo na área urbana e, por isso, alguns cuidados precisam ser tomados pela população, principalmente pelas famílias que moram no entorno do rio Cascavel.
O rio Cascavel é um afluente do rio Iguaçu e a mata que existem no chamado corredor da biodiversidade atrai os animais para o perímetro urbano. “O que aconteceu nas últimas horas temos que nos preocupar e tomar providências”, diz Marlize.
Ela orienta as pessoas que moram nessas regiões que não deixem crianças sozinhas e que adultos evitem andar à noite, já que esse tipo de felino tem hábitos noturnos. “Evitem andar sozinhos ou ficar agachados”, salienta.
Pelo fato de o animal gostar de silêncio, uma das formas para afugentá-lo, segundo Marlize, é fazendo barulho no fim da tarde com buzinas e até rojões.
Confira algumas orientações do IAT
Medidas de segurança:
As pessoas devem evitar andar sozinhas, principalmente à noite;
Não deixar crianças sozinhas;
Deixar luzes acesas fora de casa;
Se possível, manter cães no próprio terreno.
Medidas de afugentamento:
Soltar rojões no fim da tarde e começo da manhã;
Instalar sensores de presença (que acendem a luz) fora de casa e nos apriscos e currais (pois quando a onça passa a luz acende e assusta o animal);
Medidas em caso de encontro com o animal:
Se estiver a pé: tentar manter a calma e se afastar lentamente. É importante não dar as costas ao animal e nem se abaixar, caso ele comece a se aproximar é possível levantar os braços e fazer barulhos bem altos, para parecer maior e tentar assustar o animal.
Se estiver dentro de um veículo: basta fechar as janelas e esperar o animal ir embora sozinho. Se possível, tentar gravar um vídeo ou tirar fotos e repassar ao IAT, junto com a localização do avistamento.
Medidas mais amplas:
Não caçar e denunciar à polícia ambiental (fone 188) pessoas que caçam de forma indiscriminada. Um dos motivos de onças e pumas atacarem animais de criação é a falta de presas em seu ambiente natural, falta esta devido ao excesso de caça;
Não desmatar áreas naturais e denunciar à polícia ambiental (fone 188) pessoas que estejam desmatando. Outro motivo comum para onças e pumas entrarem em fazendas e zonas urbanas (áreas geralmente evitadas por esses animais) é a perda de seus habitats naturais, o que força esses animais a buscarem outras áreas de vida.
Fonte: Assessoria
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