
A promotora Juliana Stofella, em uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 7, detalhou informações sobre a Operação Raio-x que apura a prática de crimes contra a administração pública envolvendo serviços prestados a uma unidade hospitalar de Cascavel, no Oeste do estado.
De acordo com a Promotora o foco das investigações está na contratação de uma empresa responsável pela operação de equipamentos de radiologia no HUOP. As medidas judiciais, autorizadas pela 4ª Vara Criminal de Cascavel, foram cumpridas em endereços situados nos municípios de Cascavel, Quedas do Iguaçu, Cafelândia e Maringá.
Segundo ela, há indícios de que a empresa tenha sido favorecida em todas as licitações desde 2013, sugerindo um possível direcionamento no processo.
Seria um possível direcionamento do procedimento licitatório para que a mesma empresa então vença todos os contratos e todas as licitações. Então desde 2013 nós apuramos três licitações 2013, 2019 e a que está entrando que é de 2025. No ano passado houve abertura de um procedimento licitatório para contratação desses mesmos serviços que acabou sendo cancelado em razão da constatação de algumas irregularidades.
A empresa investigada, que atua no hospital desde 2011, havia se inscrito novamente na concorrência. “Estamos buscando documentos que possam confirmar a continuidade desse favorecimento”, afirmou Stofella.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no setor de licitações do hospital, em sedes de empresas e nas residências de investigados. As diligências ocorreram em Cascavel, Cafelândia, Maringá e Quedas do Iguaçu.
A promotora esclareceu que a investigação não envolve a instituição hospitalar como um todo, mas sim um servidor específico: o coordenador do centro de imagens.
O único servidor que está sendo investigado que seria o coordenador do centro de imagens. No setor de licitações não há investigados e tampouco na direção da HU, então seria esse servidor o responsável por um eventual direcionamento do procedimento.
Com a apreensão de documentos e equipamentos, os próximos passos da investigação incluem auditorias e análises técnicas, que devem apurar suspeitas de superfaturamento e aprofundar a apuração dos crimes apontados.
Nós vamos analisar todos os equipamentos que foram apreendidos no dia de hoje, aparelhos celulares e documentos. Também vamos auditar essas notas fiscais, notas de empenho e ordens de pagamento. Também vamos verificar se houve superfaturamento além da fraude no procedimento licitatório e outros eventuais crimes, como de corrupção ativa, passiva que também são investigados.





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