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OAB Paraná se manifesta acerca de declarações de Delegada de Polícia de Cascavel

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A OAB se manifestou nesta sexta-feira, 11, sobre o caso envolvendo um advogado que teria tentado cercear o trabalho da delegada Thais Regina Zanatta, titular do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA), em Cascavel. O episódio ocorreu no âmbito do inquérito que investiga crimes sexuais atribuídos a um padre da cidade, preso desde 24 de agosto, e que também apura denúncias contra outros membros do clero.

Na nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná destacou que a advocacia é função indispensável à Justiça (CF, art. 133) e afirmou que não se pode confundir a atuação de advogados com prática ilícita.

“A criminalização da defesa técnica representa grave ameaça ao Estado Democrático de Direito. A OAB Paraná reafirma que não admitirá intimidações nem aceitará que advogados e advogadas sejam tratados como suspeitos pelo exercício regular da profissão”, diz o texto assinado pelo presidente da entidade, Luiz Fernando Casagrande Pereira.

O posicionamento da Ordem ocorre após a Polícia Civil denunciar que o advogado contratado pela Cúria teria orientado testemunhas a não comparecer a oitivas, desobedecido ordens da autoridade policial e tentado acessar integralmente os autos do inquérito, que tramitam sob sigilo. A ADEPOL, por sua vez, saiu em defesa da delegada, destacando a necessidade de preservar as prerrogativas da autoridade policial.

Ainda segundo a nota, a OAB informou que o fato será oficiado à Corregedoria da Polícia Civil do Paraná, para que sejam tomadas as providências cabíveis.

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