O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) de Cascavel informou na noite desta sexta-feira, 29, que nas tardes dos dias 28 e 29 de agosto, foram realizadas oitivas de 13 pessoas no inquérito que apura crimes contra a dignidade sexual praticados pelo sacerdote Genivaldo Oliveira dos Santos preso temporariamente e pelo falecido bispo Dom Mauro Aparecido dos Santos.
Segundo a Polícia Civil, entre os depoimentos, duas pessoas foram formalmente reconhecidas como vítimas de assédio sexual cometido por Dom Mauro. As demais prestaram declarações na condição de testemunhas que convivem ou conviveram com o padre investigado.
Com base nos depoimentos coletados, o número de vítimas confirmadas de Dom Mauro passou de uma para três. Já em relação ao padre Genivaldo Oliveira dos Santos, atualmente preso, o número de vítimas aumentou de sete para oito.
Para a próxima semana, estão programadas novas oitivas de sete pessoas: duas vítimas do sacerdote – sendo uma já identificada anteriormente e outra descoberta durante as diligências mais recentes – além de cinco testemunhas.
A Polícia Civil também esclareceu que o caso de estupro de vulnerável registrado em 2008, quando a vítima tinha apenas 3 anos, ainda não está contabilizado entre as ocorrências atribuídas a Dom Mauro. Isso porque as investigações não permitem, até o momento, estabelecer a correlação direta com o falecido bispo.
As apurações seguem sob sigilo, com o objetivo de resguardar as vítimas e testemunhas, além de garantir a integridade do processo investigativo.
O padre Genivaldo foi preso no domingo (24), durante a deflagração da operação “Lobo em Pele de Cordeiro”, que cumpriu mandados de prisão temporária e busca e apreensão em Cascavel. O inquérito aponta que os abusos teriam ocorrido desde 2010, quando ele ainda era seminarista, envolvendo adolescentes em situação de vulnerabilidade social, atraídos por dinheiro, presentes e viagens.
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