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Jovem paranaense que lutava como voluntário na guerra da Ucrânia consegue escapar após cinco dias de fuga

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Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, jovem paranaense que atuava na guerra da Ucrânia como voluntário conseguiu fugir do país. Natural de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, ele havia compartilhado um vídeo nas redes sociais em que pedia ajuda para retornar para casa.

Em entrevista exclusiva ao G1 ele contou que deixou a base militar na madrugada do dia 12 e caminhou cerca de 20 quilômetros até conseguir carona. O deslocamento até deixar a Ucrânia durou cinco dias, grande parte do trajeto foi feito a pé.

“A maior parte da minha jornada foi a pé […] Foram cinco dias da viagem mais tensa da minha vida […] Cada barreira que eu passava era um frio na barriga. Todo esse trajeto que fiz foi um tiro no escuro, eu não sabia se realmente iria conseguir sair dessa”, disse.

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Ele afirma que tentou quebrar o contrato com o governo ucraniano, mas o documento exigia permanência mínima de seis meses. Lucas estava no país sob a promessa de atuar no trabalho com drones. No vídeo, Lucas alega ter contatado a Embaixada do Brasil na Ucrânia, onde foi informado de que a autoridade não pode interferir.

Lucas saiu da região de Kharkiv, no nordeste do país, e passou por Kiev (500 km) e Lviv (550 km) antes de chegar até a fronteira, a cerca de 70 km da última cidade. Foram mais de mil quilômetros percorridos em toda a travessia.

Ele disse que conseguiu algumas caronas nas proximidades de centros urbanos, mas enfrentou dificuldades ao tentar atravessar a fronteira. “A autoridade conseguiu puxar todos os meus dados, tomei um chá de cadeira, mas no fim consegui atravessar”, diz ele.

Após cruzar a fronteira, o paranaense recebeu um visto de turismo. Ele agora avalia, junto com a família, se retorna ao Brasil ou permanece na Europa. “Meu futuro aqui é incerto, mas está melhor do que antes”, disse.

O Ministério das Relações Exteriores informou que, por intermédio das Embaixada do Brasil em Kiev, presta a assistência consular devida ao nacional brasileiro. 

Segundo Lucas, o embarque para a Ucrânia ocorreu na intenção de trabalhar como operador de drones no combate, mas com o tempo ele percebeu que estava sendo treinado e direcionado para a infantaria.

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Com informações G1

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