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Indispensável, 3º Dose da vacina tem baixa procura em Corbélia

- 10 de março de 2022
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Sob a perspectiva de que já estão imunizados o suficiente com duas doses da vacina contra a COVID-19, parte da população de Corbélia ainda não tomou a indispensável dose de reforço, ou também chamada 3ª dose.

Dados levantados pela Secretaria Municipal de Saúde mostram que menos de 50% da população ainda não tomou o reforço vacinal, mesmo já estando apto para receber a nova dose do imunizante. A Secretaria Municipal de Saúde irá realizar um mutirão de vacinação somente para aplicação da terceira dose, e visa colocar em dia o esquema vacinal de pelo menos 1.000 pessoas.

O reflexo desse descaso por parte da população pode levar o município a uma nova onda de infecções e principalmente reinfecções com o surgimento de novas variantes como explica a Doutora Vanessa Mulhmann, médica da família no município de Corbélia. Ela garante que a população não precisa ter dúvidas quanto a eficácia e principalmente quanto a segurança dos imunizantes, e reforçou a necessidade de todos tomarem a terceira dose da vacina.

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“Muito do que a gente acaba não fazendo é por informações equivocadas ou até pela falta de informação. A gente é bombardeado de muitas coisas ao mesmo tempo e as vezes isso nos deixa confuso muitas vezes.”

As duas doses da vacina trabalham para que o corpo crie células de memória para combater a doença, mas como explica Vanessa com o tempo essas células precisam ser “relembradas”

“Quando nós fazemos a dose única da Janssen, ou as duas doses de outro imunizante, criamos no nosso corpo a ideia de como seria uma infecção pelo COVID-19. O nosso corpo combate aquele antígeno que imita o COVID, mas que não causaria a doença, ele cria células de memória. Essas células vão ser ativadas rapidamente caso a gente entre em contato com o vírus. Só que com o passar do tempo isso vai caindo. O COVID engana nosso sistema imunológico e faz com que as defesas vão reduzindo com o passar do tempo que a gente faz a vacina. Especialmente naqueles que tem o sistema imunológico mais fragilizado como imunossuprimidos, idosos, pessoas que tem comorbidades mais graves.”

E os riscos de uma contaminação grave em que não tomou o reforço da vacina aumentam, já que o organismo perde essa capacidade de combate ao vírus, especialmente as novas variantes.

“As novas variantes vão surgindo, e os casos graves vão aumentando. As vacinas elas não conferem uma proteção de 100%. Cada vacina tem uma média de proteção, mas o grande X da questão é que elas tentam proteger de casos graves. Os estudos apontam que quem fez a terceira dose tem uma chance 15 vezes menor de ter um caso grave ou evoluir pra óbito. Que na verdade é o mais significativo. Embora a gente saiba que é muito ruim o COVID, o grande problema tanto pessoal, quanto a esfera de governos são os casos graves e óbitos.”

A frequência com que é preciso tomar nova dose da COVID-19, também levanta questionamentos e dúvidas de por quanto tempo e ainda quantas vezes teremos que ser vacinados com algum imunizante. Segundo a doutora as doses de reforço serão imprescindíveis para dar o fim a pandemia, mas é possível que não veremos extinção do vírus SARS-COV-2.

“Nós não sabemos ainda quanto tempo precisará fazermos doses de reforço. A gente consegue pensar que fazendo doses regulares de reforço vamos conseguir controlar a pandemia, esse grande contexto do COVID. Mas a gente não consegue pensar no fim do COVID especificamente, é muito provável que as doses de reforço façam parte do nosso futuro por um bom tempo.”

Vanessa traz ainda números de estudos realizados por Microbiologistas da USP que fortalecem a necessidade das novas doses dos imunizantes para que elas voltam a adicionar anticorpos contra o vírus.

“Quando a gente está com o esquema vacinal completo, de duas doses ou dose única da Janssen, a gente tem uma média estimada, dessas células de memória de anticorpos, de em torno de 90% no segundo mês após a segunda dose. Quando a gente está no quarto mês essa dose já cai pra 70%. Pode parecer pouco, mas faz muita diferença. Quanto mais o tempo vai passando nossas células tanto de defesa imediata, quanto de memória elas vão reduzindo.”

De quanto tempo em quanto tempo?

Vanessa mostra que os últimos estudos demonstram que a população deverá fazer doses de reforço da vacina em torno de cada 4 a 6 meses. Mas ela lembra que esses dados ainda são preliminares, e que a resposta imunológica da população é que irá apontar.

“Nós estamos estudando conforme as coisas estão acontecendo, conforme é a resposta imunológica das pessoas a medida que elas vão sendo vacinadas.”

Rapidez no desenvolvimento

Para a Doutora Vanessa a rapidez com que as vacinas foram desenvolvidas, e trouxeram resultados, levou à inúmeras informações falsas, especialmente porque há um paradigma sobre o tempo para serem desenvolvidas.

“Será que elas são confiáveis? Essa é uma preocupação que as pessoas tem em geral. Hoje nós temos novas tecnologias, não é um modelo de feitio de vacina. E a gente tem que pensar que foi um empenho feito pelo mundo todo. Todos os estudiosos começaram a se mobilizar, e os estudos estavam em fases diferentes em vários lugares. Por isso que andou tão rápido os estudos dessas vacinas. Ouve muito investimento tanto governamental quanto investimentos pesados nesta parte de infraestrutura para formar essas vacinas. Elas foram feitas simultaneamente em muitos lugares por isso o desenvolvimento pôde ser mais rápido.”

A primeira vacina aplicada no Brasil, CORONAVAC, explica Vanessa, foi desenvolvida com a mesma técnica utilizada para fazer a maioria dos imunizantes atualmente.

“A gente pega o vírus do COVID coloca ele inerte, deixa ele sem poder funcionar, fica desativado. Esse vírus inativado não tem como se replicar e virar uma doença no nosso corpo. Ele é colocado no nosso corpo, que induz uma resposta imunológica. Essa resposta imunológica acaba conferindo uma imunidade média de 50%. Não é uma imunidade tão grande e por isso a gente precisa reforçar.”

A técnica utilizada para desenvolver a vacina Astrazeneca é diferente.

“Ela pega um vírus que não infecta seres humanos, que não é o COVID, ela coloca partes de uma proteína de uma estrutura do COVID neste vírus, e coloca no nosso corpo. O nosso corpo responde reconhecendo partes do COVID desenvolvendo anticorpos. Se a infecção chega até a gente, o nosso corpo combate porque ele já conhece.”

A vacina fabricada pela Phfizer é feita por uma técnica muito mais moderna segundo a Doutora.

“Técnica de manipulação genética onde o DNA do vírus, que é o RNA, ele leva uma mensagem às nossas células que reconhecem essas proteínas e esse material do COVID caso a gente entre em contato. Eles acabam produzindo uma defesa mais rápida e mais duradoura.”

O reforço da vacina combina maneiras diferentes de desenvolver anticorpos contra o SARS-COV-2, e por isso a terceira dose é tão importante.

“Além de nós estarmos fazendo o reforço com uma vacina que acaba promovendo uma taxa de imunização um pouco maior, é uma outra forma de produzir. Nós estamos enriquecendo nosso sistema imunológico com vários modelos de defesa se o vírus atacar.”

A vacina de dose única, desenvolvida pela Janssen, se utiliza de um vetor viral. “Ela utiliza uma técnica um pouco diferente com genes do COVID, por isso que é uma dose só.” Vanessa lembra que mesmo essa também precisa de reforço.

A rápida realização de teste não é novidade no mundo da medicina, e o desenvolvimento de testes de inúmeras vacinas vem sendo desenvolvido há décadas, e evoluindo junto à tecnologia.

“Essas coisas não começaram ser estudadas agora, e elas foram testadas de uma maneira mais efetiva. Eu sei que existe uma certa insegurança com tudo que é novo, mas a gente consegue comprovar na prática como houve mudanças. A quantidade de casos, a quantidade de casos graves, nós tivemos uma cepa de uma variante de uma infectividade muito grande, e que contaminava mais fácil até que as outras variantes da COVID. Mas a gente percebeu muito menos hospitalização e muito menos óbitos. É claro que aconteceram óbitos, mas numa proporção muito menor do que vinha acontecendo.”

Essa vacina é segura?

Vanessa aponta que a segurança vacinal surge por meio dos mais diversos testes feitos pelos laboratórios e principalmente da checagem feita pelo órgão regulador, a ANVISA. Ela lembra também que as vacinas também foram regulamentadas e checadas por órgãos internacionais.

“Qualquer imunobiológico, qualquer medicamento para ser liberado ele precisa ser testado. E ele não é testado uma vez só, ele não é testado de uma forma só. Existem fases de estudo. A partir do momento em que a ANVISA libera e regulamenta esses imunobiológicos, é porque esses testes foram feitos, eles foram liberados com controle e fiscalização. É rigoroso o ensaio clínico que mostra esses componentes. A gente sabe que foram feitos os testes apropriados e que as agências fiscalizadoras estão regulando e regulamentando isso.

Os eventos mais comuns das vacinas são dor no local da injeção e febre. Outros sintomas observados são aparecimento de gânglios, cansaço, mialgia, dor de cabeça e outros, que cessam em poucos dias. Os eventos pós-vacinais são muito menores do que as consequências e complicações da própria Covid-19.

“Esse é o motivo que é tão importante fazer a terceira dose. Então que não se vacinou ainda com a terceira dose aproveite verifique os esquemas de calendário e faça o seu reforço. E quem oportunamente tem que fazer a quarta dose, faça a quarta a dose também. Nós não sabemos quantas doses vamos ter que fazer, provavelmente teremos que fazer mais reforços, esperamos que com intervalo maior, mas isso vai depender de como as coisas vão evoluindo com o passar do tempo.”

E a doutora garante:

“Com a vacina nós estamos tendo realmente menos casos de COVID grave e de óbitos, que é o que mais significa pra gente.”

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