A terceira captação de pulmão na história do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), acontece nesta quarta-feira (11). O órgão será captado por uma equipe de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para onde será encaminhado e transplantado.
Segundo a coordenadora do Cihdott, Elaine Padilha, a doação do pulmão é bastante rara, tendo em vista a condição mecânica do paciente. “Em casos de morte encefálica, em condição mecânica, se prolongando por muitos dias pode causar pneumonia e é uma contraindicação. Além disso, há outras contraindicações bem pontuais, como em casos de trauma, lesões. Então na nossa realidade, temos a experiência efetiva de uma doação por ano de pulmão”, explica.
A captação e transplante do pulmão também é delicada, e deve ser feita em até 4 horas. “O pulmão tem poucas horas até ser retirado para ser transplantado no paciente. É uma corrida contra o tempo”, diz. Além do pulmão, será captado também rins, fígado e pâncreas, que serão encaminhados para Curitiba, Paraná.
A doação foi autorizada pela família de Dayane Ramos Delgado, internada desde sábado (07), no Hospital Universitário do Oeste do Paraná. A morte encefálica foi confirmada na segunda-feira (10) no fim da tarde, e na sequência a autorização da doação dos órgãos.
Em meio a dor da perda, a família foi acompanhada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT/HUOP), e durante o tempo do protocolo foi sensibilizada da importância e da oportunidade de salvar outras vidas, um ato de amor, tão necessário atualmente.
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