Um homem de 45 anos manteve sua própria família refém, matou o pai, o irmão e um policial militar a tiros na noite de segunda-feira, 22, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O crime deixou ainda nove pessoas feridas, incluindo policiais e familiares, que foram levadas ao hospital para atendimento. Após nove horas de cerco, a polícia entrou no imóvel na manhã desta quarta-feira, 23, e encontrou o atirador morto.
A Brigada Militar (BM), a polícia militar do Rio Grande do Sul, passou a madrugada negociando com o atirador, que estava entrincheirado dentro da casa no bairro Ouro Branco. O motivo inicial da intervenção foi uma denúncia de que os pais do homem estavam sendo mantidos em cárcere privado.
Ao notar a chegada dos policiais, ele começou a disparar contra os agentes e seus próprios familiares. Durante a ação, o criminoso também derrubou dois drones usados pelos militares, conforme informado pela BM.
No momento dos disparos, além do pai do atirador, estavam na casa, a mãe e a cunhada, que também foram baleadas.
As vítimas fatais foram identificadas como Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador, Everton Crippa, 49 anos, seu irmão, e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. Entre os feridos estão seis policiais militares e um guarda municipal.
O tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo, explicou que a equipe tentou negociar com o atirador por telefone, mas ele não respondeu. “A única resposta que tivemos foram disparos de arma de fogo”, relatou Famoso.
Além de agredir os próprios pais, o homem também disparou contra a guarnição que atendia a ocorrência e feriu uma pessoa que passava pela rua.
Quem era o policial morto
Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, fazia parte da Brigada Militar desde 2018 e recentemente havia se tornado pai. Ele deixa um filho de apenas 45 dias e a esposa.
Quem são os feridos
Os feridos foram levados ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo para tratamento. São eles:
- Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes;
- Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez;
- Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes;
- João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez;
- Joseane Muller, 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez;
- Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado após ser baleado de raspão;
- Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado após ser baleado de raspão;
- Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão;
- Volmir de Souza – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez.
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