O cumprimento de um mandado de prisão por falta de pagamento de pensão alimentícia se transformou em um caso de estelionato, extorsão e falsidade ideológica na tarde da última terça-feira, 28, em Cascavel.
A Delegacia da Mulher de Cascavel, cumpriu nesta terça-feira, 28, um mandado de prisão contra um homem de 30 anos, inicialmente por débitos de pensão alimentícia. Após análise de investigações em andamento, o homem foi ligado a crimes de estelionato e extorsão contra pelo menos seis vítimas, sendo quatro delas de Cascavel e outras duas no estado de Santa Catarina, e a sua prisão foi convertida em preventiva.
As investigações revelaram que o homem usava o nome falso de Elton Kleinenberg em aplicativos de relacionamento para se aproximar de mulheres, criando vínculos emocionais falsos com promessas de relacionamento sério, visando obter vantagens financeiras.
Segundo a Delegada do Caso, Dra. Raisa Vargas Scariot, o suspeito tinha um modus operandi bem claro.
Logo no início do relacionamento ele se apresentava como um indivíduo bem sucedido, bastante sedutor e relatava que estava necessitando de alguns valores relacionados à questão de trabalho dele ou se utilizava do argumento de que era pai solo e tinha um filho autista. Em razão disso ele passou solicitar diversos valores dessas vítimas ou mesmo a transferência de veículos.
Ele mantinha contato simultâneo com diversas vítimas que transferiram valores que chegam a R$ 20.000,00, além de veículos. Em alguns casos, quando as mulheres se negavam a transferir os valores, ele as ameaçava para coagir pagamentos, causando danos patrimoniais e psicológicos. O suspeito também utilizava histórias elaboradas para dificultar sua identificação.
As provas indicam que ele agia de forma organizada, para movimentar valores ilegais. A Delegada ainda cita a investigação de uma possível participação da companheira do homem nos crimes.
Ele ainda tem uma companheira e a gente está apurando o envolvimento dela. A gente acredita que ela sabia e poderia ser uma partícipe dele nesses crimes.
A prisão preventiva foi decretada para proteger as vítimas, evitar reiteração criminal e garantir a coleta de provas. O homem permanece preso enquanto as investigações continuam.
A Polícia Civil do Paraná reforça o pedido para que outras possíveis vítimas procurem a Delegacia da Mulher de Cascavel ou utilizem o Disque 181 para relatos anônimos.
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