A última semana foi de muita movimentação policial em Corbélia. Isso porque a Operação Westcida reuniu o BPFRON, Polícia Ambiental, Militar, Rodoviária Federal, a ADAPAR e IAP para fiscalizar de forma integrada a receptação, depósito e uso de agrotóxicos ilegais, sem registro pelo MAPA. A Operação Westicida também visava agrotóxicos falsificados ou contrabandeados, em propriedades rurais, e fronteira. Foram seis ações de fiscalização que ocorreram durante a semana, com alvo em comerciantes da região oeste e sudoeste.
Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e 60 fiscalizações de denúncias em comércios. Também foram montadas 27 barreiras fixas e móveis em rodovias de todo o Paraná, e fiscalização na fronteira.
O promotor do Ministério Público do Paraná, Giovani Ferri destacou que os envolvidos na comercialização e estoque de agrotóxicos ilegais serão severamente punidos, uma vez que a circulação dos químicos oferece riscos em diversos âmbitos.
“Isso demonstrou o quão perigoso é isso a sociedade. Essas pessoas vão ser rigorosamente punidas tanto no âmbito administrativo, quanto civil,quanto criminal. O agrotóxico de origem ilegal é um problema ambiental, de saúde publica, problema ao consumidor, e também gera uma responsabilidade ao agricultor que infelizmente colabora a essa cadeia criminosa. Essa cadeia criminosa é alimentada pelo comprador e receptador do produto ilegal e nós vamos combater severamente tanto quem utiliza esse produto ilegal que é tão nocivo ao poder publico e a sociedade”.
A operação resultou e mais de um milhão de reais em multas. Nas regiões Oeste e Sudoeste, foco a operação, foram 34 produtores rurais autuados pelo uso ou armazenamento de agrotóxicos ilegais. Nove pessoas foram presas, e 15 armas apreendidas.
Durante a operação, foi descoberto um esquema de comércio ilegal de agrotóxicos vencidos, e também de produtos roubados.
Durante a coletiva de imprensa da operação Westicida, O fiscal de defesa agropecuária da Adapar, Anderson Lemiska , deixou um recado para os agricultores que tiveram a operação como exemplo de uso legal dos agrotóxicos.
“Para Adapar, essa operação é muito importante porque a gente fiscaliza rotineiramente os agrotóxicos de propriedades rurais, isso traz tranquilidade para quem trabalha regular, e a mensagem que fica aos agricultores é que se conscientizem da utilização do agrotóxico registrado na Adapar, Ministério da Agricultura, porque esses produtos são rotineiramente fiscalizados por nós, que o agricultor busque a orientação correta do profissional. O agricultor além de produtor ele é consumidor, e com certeza ele quer alimento saudável para sua família”.
Ao longo da fiscalização, foram entregues panfletos contendo informações sobre agrotóxicos ilegais, como identificar o produto e as consequências do usuário.
O esquema de comércio de agrotóxicos será investigado no decorrer da análise de provas apreendidas.
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