Na última sexta-feira, (12), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou a vistoria realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), nas obras de construção da Perimetral Leste em Foz do Iguaçu.
Ao longo dos 15 quilômetros vistoriados, foram identificados problemas críticos que representam riscos à segurança viária, agravados pela retirada das barreiras de concreto que anteriormente impediam a circulação, em especial as que estavam instaladas nos acessos à rodovia.
Diante disso, sugeriu-se a ciência ao Ministério Público Federal para o fechamento dos acessos ao trecho, a correção das inconformidades e a realização de nova vistoria para eventual liberação.
Em ofício encaminhado, na noite de sexta-feira, 12, a órgãos do Governo do Estado, a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) determinou a imediata interdição do tráfego na Rodovia Perimetral Leste em Foz do Iguaçu.
Relatório elenca sete pontos críticos
Em relatório da vistoria conjunta, o DNIT e a PRF enfatizam que a liberação da via feita pelo Governo do Estado do Paraná está em desacordo com as orientações do órgão de transporte.
O bloqueio compreende o trecho entre o trevo da BR-277, na entrada da cidade, e o trevo de acesso à aduana Brasil–Argentina, correspondendo a cerca de dez quilômetros.
No documento, os órgãos elencaram uma série de problemas ao longo da via, listados abaixo na íntegra:
- ausência de sinalização de preferência nos acessos e conexões com a malha viária adjacente, comprometendo a hierarquia de circulação e aumentando o risco de colisões graves;
- inexistência de sinalização informativa de saídas nos acessos e saídas dos viadutos, inclusive nos entroncamentos com as BR-277 e BR-469, gerando perda de acessos, manobras irregulares de retorno e de circulação em contramão por parte dos usuários;
- sinalização vertical de advertência e regulamentação insuficiente ou inexistente, impossibilitando condições mínimas de operação segura no trecho;
- falta de dispositivos de proteção como atenuadores de impacto, guarda-corpo, guarda-rail e barreiras New Jersey em locais onde são obrigatórios pelas normas técnicas, aumentando a severidade potencial dos acidentes do tipo saídas de pista;
- permissão inadequada de ultrapassagem em curvas e aclives sem campo visual seguro, induzindo o condutor ao erro e gerando riscos graves de colisões frontais/fatais;
- presença de maquinários e resíduos de obra ao longo da faixa de domínio, evidenciando que os serviços ainda não foram concluídos e introduzindo novos riscos aos usuários;
- ausência de iluminação ao longo dos 15 km vistoriados representando um fator crítico para a segurança viária, especialmente no período noturno, pois reduz significativamente a visibilidade dos condutores e aumenta o risco de acidentes, atropelamentos e ocorrências criminais.
A inexistência de pontos de luz também dificulta a atuação das equipes de fiscalização e atendimento de emergência, prejudicando a fluidez e a segurança do tráfego, conforme o relatório.
O relatório é assinado por Andressa Regene da Silva, chefe da Delegacia da PRF, e Rafael Vieira dos Reis, chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização. O relatório reitera que a liberação do fluxo de veículos sem a prévia aprovação do DNIT e PRF contraria a legislação vigente em especial o Código de Trânsito Brasileiro.









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