O Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria Municipal de Saúde de Corbélia apontou para uma curva de crescimento muito mais vertical do que se esperava no início de 2022. Nos últimos sete dias, entre os dias 09 e 15 de Janeiro mais 183 pacientes foram diagnosticados com o novo coronavírus. Na semana anterior era menos da metade desta quantidade.
O município acrescentou um novo óbito, no entanto, ele não aconteceu este ano. O óbito era de uma paciente atendida em Curitiba, e que teve o caso confirmado mas não havia sido incluída na listagem.
Do início de 2022, até agora, já foram somados quase 300 novos registros, e a quantidade de casos registrada nesta semana se aproxima do maior número já contabilizado no auge da pandemia em 2021, que aconteceu no mês de junho, quando foram 191 casos em sete dias.
Corbélia ultrapassa os mais de 3.300 casos desde março de 2020, no total 3091 estão recuperados, e 172 ainda estão em isolamento com o caso ativo.
Os índices de contaminação são de “100 pessoas infectadas, contaminam mais 200 sadias”. O número mostra que os casos registrados hoje tendem a dobrar nas próximas semanas.
A Secretaria de Saúde não trabalha com a possibilidade de redução dos casos nos próximos 15 dias. Isso porque a população parece não viver mais em pandemia, além do relaxamento das medidas de proteção, estão cada vez mais se aglomerando em eventos sejam familiares ou de entretenimento como casas de shows.
No ambulatório os atendimentos de casos com problemas respiratórios chegam a 130 consultas por dia, se continuar na crescente que estamos atualmente, a Secretária de Saúde Cleide Teresinha dos Santos Messias fala em colapso na saúde municipal.
“Com essa quantidade de pessoas contaminados é possível chegar num momento em que nós não teremos estrutura para colher e atender toda a população. É necessário que as pessoas contribuam conosco nesse momento fazendo a sua parte.”
A redução dos casos vai depender da conscientização. “Nós continuamos chamado a atenção da população para os cuidados individuais e coletivos. Estamos num momento sem a possibilidade de coletar PCR porque o Estado não tem insumos, com uma quantidade de testes rápidos limitados. E temos ainda muitas crianças internando por causa da H3N2. Neste momento precisamos que a população faça sua parte, e tome os cuidados necessários.”
Além da alta de casos e atendimentos a secretaria de saúde também sofre com a falta de profissionais que estão contaminados pelo vírus e seguem em isolamento. “Nós temos vários servidores afastados com COVID positivo, e a cada momento temos que reorganizar as equipes para manter a assistência. Mas está muito complicado.”
A Secretária mais uma vez pede que a população colabore, e que ao surgimento de qualquer sintoma procure o atendimento médico para iniciar o isolamento, acompanhamento para diminuir a contaminação.
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