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Arcebispo de Cascavel se pronuncia sobre prisão de padre suspeito de abusos sexuais

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O arcebispo da Arquidiocese de Cascavel, Dom José Mário Scalon Angonese, gravou um vídeo nesta segunda-feira, 25, para se pronunciar a respeito do caso do padre de 41 anos preso no domingo (24) durante a operação “Lobo em Pele de Cordeiro”, suspeito de abusos sexuais contra adolescentes.

Logo no início, o arcebispo destacou o sentimento de consternação da Igreja diante da prisão:

“A igreja reage com muita consternação e sofrimento, porque é um dos nossos presbíteros. Mas é o desejo sincero da igreja de que a verdade venha à tona. Se o padre, de fato, cometeu o delito, ele deve responder por isso.”

Dom José Mário ressaltou que, ao assumir a Arquidiocese, implementou junto ao clero um código de conduta para orientar os padres quanto ao comportamento esperado. Ele frisou que “esse tipo de acusação feita a este nosso irmão padre, a igreja não aceita e não aprova”.

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O arcebispo explicou que, após a chegada de uma denúncia formal, a Igreja adotou providências imediatas, incluindo a suspensão do padre de suas funções e a abertura de processo de investigação canônica. Segundo ele, o caso foi encaminhado a Roma:

“Suspendemos o padre, como recomenda o direito canônico, e procuramos também abrir um processo de investigação. Rapidamente, esse processo já está em andamento. Temos um prazo de 90 dias na diocese, depois encaminhamos para a Congregação da Doutrina da Fé, o do clero, em Roma, no Vaticano, onde eles farão o julgamento. E se, de fato, for confirmado que houve pedofilia, a decisão de Roma tem sido clara, é demissão do Estado clerical. Ele deixará de ser padre.”

Dom José Mário também falou sobre as transferências de padres entre paróquias, ressaltando que são decisões comuns no âmbito da Igreja e que, no caso específico do padre investigado, a mudança já estava prevista pelo tempo de permanência na paróquia.

O arcebispo enfatizou que a Igreja mantém uma postura de apoio às vítimas de abusos, oferecendo auxílio psicológico, espiritual e familiar:

“Quanto às possíveis vítimas, não só de padres, mas de todas as situações que sofrem abuso, a igreja tem sempre uma atitude de auxílio, de ajudar a superar as dificuldades e curar as feridas. Então, é uma atitude positiva da igreja, de solidariedade, de ajuda e de compreensão e de acompanhamento destas pessoas.”

Ao final da manifestação, Dom José Mário pediu orações pelos padres da Arquidiocese e destacou que a maioria dos sacerdotes atua de forma íntegra:

“Em nossa arquidiocese nós temos 74 padres, homens muito bons, justos, que estão gastando a sua vida a serviço do reino de Deus. Um deles, infelizmente, deu problema, mas os outros são homens bons, justos, dedicados. Não seria justo que todos pagassem o preço por um que se desviou do caminho. Então, peço que todos os católicos orem pela igreja, orem por seus padres.”

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O arcebispo encerrou reiterando que qualquer denúncia contra membros do clero deve ser encaminhada formalmente para que a Arquidiocese possa agir.

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