Em uma coletiva de imprensa realizada na tarde deste domingo, 11, em Vinhedo, São Paulo, o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, falou dos próximos trâmites legais para identificação dos corpos, atendimento as famílias, e também do velório. A tragédia aérea que vitimou 62 pessoas no voo 2283 da VOEPASS, inclui cerca 22 residentes somente de Cascavel, além de vítimas de cidades em torno.
O Prefeito de Cascavel viajou a São Paulo na manhã deste domingo, 11, para uma reunião no Instituto Médico Legal (IML) para definir o formato do translado das vítimas.
“É um momento muito complicado, de muita responsabilidade, e as primeiras pessoas a terem essa informação serão as famílias das vítimas. Esse foi o protocolo que nós definimos, inclusive com duas reuniões por dia com os familiares, tanto aqui, que estão no hotel em São Paulo, quanto com outros familiares e também com um grupo de famílias de Cascavel, que é a cidade que tem um número expressivo de vítimas e de familiares.”
Paranhos reforçou ainda que desde o primeiro momento da fatalidade, a Prefeitura de Cascavel colocou uma estrutura de atendimento médico, psicológico e assistente social a todos os familiares. “Tivemos uma corrida muito grande de familiares, amigos e parentes para o nosso aeroporto. Durante todo o dia, cuidamos disso e depois transferimos essa estrutura para um hotel da cidade, onde estamos realizando, inclusive, o teste de coleta do DNA, procedimento que ocorrerá até a noite de hoje. Durante 30 dias, teremos esse mesmo grupo de profissionais acompanhando as famílias das vítimas dessa tragédia” detalhou.
O Prefeito também esclareceu informações sobre o velório coletivo. Ele afirmou que o Centro de Eventos estará à disposição, a partir desta segunda-feira (12), para os familiares que decidirem, de forma voluntária, por aderir ao velório no local.
“Sobre o velório coletivo, houve talvez uma interpretação equivocada. Colocaremos, a partir de amanhã, o centro de eventos à disposição das vítimas, dos familiares, mas isso será de forma voluntária, porque possivelmente não teremos condição de ter todos os corpos de Cascavel e da microrregião ao mesmo tempo. Então, deixaremos a estrutura pronta a partir de amanhã, que é o nosso centro de eventos, e as pessoas tomarão as decisões sobre se querem ou não participar naquele local. O serviço funerário de Cascavel é feito por meio de uma autarquia, ele é público, não privado. Portanto, o município precisa preparar essa infraestrutura, que será no centro de eventos, independentemente do número de corpos que receberemos, a partir do momento que o IML liberar para Cascavel. Além disso, a empresa responsável, VOEPASS, em conjunto com as outras operadoras, decidirá se o transporte será feito em voos de linha ou se haverá um avião especificamente para levar esses corpos.”
Questionado sobre a atuação da FAB no translado dos corpos, Paranhos afirmou que está em contato com o Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior.
“A FAB também colocou à disposição uma aeronave. O governador do Estado do Paraná me ligou hoje, dizendo que já está acertado com o ministro Silvio, que é da Defesa. No entanto, para justificar isso, é preciso que tenhamos uma liberação de uma quantidade maior dos corpos que estão aqui, e dependemos, evidentemente, do IML de São Paulo para que possam fazer essa liberação conforme as condições permitirem.”
Segundo o Prefeito o município de Cascavel tem um número extraoficial de 22 óbitos da cidade, além de óbitos das cidades ao entorno, como Santa Tereza e Toledo, que fazem parte da região oeste do Paraná.
As informações extra-oficiais, segundo Paranhos é que nas próximas horas, poderá haver a liberação de alguns corpos já identificados. “As famílias serão comunicadas, e elas decidirão de que forma será feito o translado e o funeral.”
Paranhos também falou do impacto que o acidente provocou no município de Cascavel, que teve o maior número de vítimas. “A tragédia atingiu de forma direta as famílias, amigos e parentes, mas a cidade como um todo também. Foi uma fatalidade que abalou a nossa cidade, e o poder público evidentemente precisa prestar solidariedade para que consigamos passar por esse momento.”
A Prefeitura de Cascavel continuará colocando a disposição das famílias toda assistência necessária.
“As pessoas ainda estão muito abaladas, e nós queremos proporcionar um atendimento adequado, apesar de ser um processo muito duro. Há uma demora inevitável, mas é preciso entender que, tecnicamente, isso deve ser respeitado. Isso machuca, fere, e não sabemos o que vai acontecer nos próximos dias, se será rápido ou não. Tudo isso aflige muito as pessoas, nossa cidade e o Brasil inteiro” finalizou.
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