Pela primeira vez na história, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) reuniu os presidentes das 12 concessionárias que administram 59 aeroportos brasileiros, o que representa 99% do mercado. O encontro, realizado nesta terça-feira (20) no MPor, serviu para Governo Federal e administradores aeroportuários apresentarem ações para o fortalecimento da aviação comercial do país, como a ampliação de rotas regionais e internacionais, os investimentos e melhorias nos terminais concedidos à iniciativa privada. A previsão é que as concessionárias invistam mais de R$ 20 bilhões nos próximos anos.
Importante passo para inserir a agenda aeroportuária como prioridade de desenvolvimento da economia, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, indicou que o diálogo com os gestores dos aeroportos reforça o compromisso do governo de contar com a parceria privada para promover aos brasileiros melhores serviços e maior oferta de voos.
Costa Filho lembrou que a parceria com os agentes privados tem gerado dados positivos para o setor. A aviação civil comercial brasileira fechou 2023 com 112,6 milhões de passageiros transportados no mercado doméstico e internacional, valor 15,3% superior ao total observado em 2022. “No último ano, conseguimos um crescimento acima de dois dígitos na aviação. Até 2026, nosso objetivo é que a aviação brasileira transporte mais 140 milhões de passageiros”, adicionou.
Na reunião, o ministro Silvio Costa Filho também defendeu cada vez mais a integração entre as concessionárias, Embratur e o Ministério do Turismo.
“Para que cada vez mais possamos trazer mais turistas e voos internacionais para o Brasil”, destacou Silvio.
Aviação regional
Para acompanhar as demandas do setor aéreo, o ministro Costa Filho sugeriu a criação de um grupo de trabalho da Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos com concessionárias privadas e a Infraero com objetivo de identificar e criar rotas de transporte aéreo a partir de aeroportos regionais.
“Ampliar o modal aéreo para regiões onde não tem operação vai de encontro como nosso plano de universalização do transporte aéreo, que ampliar a malha brasileira e diminuir o preço da tarifa aérea”, destacou o ministro.
Diálogo com o setor
Manter um diálogo constante e unificado com o setor é importante para identificar oportunidades de melhorias na logística de transporte aéreo do país e para criar um ambiente favorável para ouvir as demandas dos passageiros desse modal. Para Fábio Rogério Carvalho, presidente da ABR Aeroportos do Brasil, é um muito valioso esse tipo de encontro para “apresentamos nossas pautas, mostrar os investimentos que vamos fazer ao longo do ano de 2024 e para os próximos anos apresentando também os nossos esforços em ESG (sigla em inglês voltada a questões ambientais, sociais e de governança), na certeza de que temos muito a contribuir e colaborar com o Brasil, especialmente aqui com a pasta do ministro Silvio”, afirmou.
Jorge Arruda, presidente da Inframérica, concessionária que administra o aeroporto de Brasília, o terceiro maior do país, indicou que “é fundamental, a gente como setor, manter um diálogo aberto com o Governo Federal”. Ele espera que esse seja o primeiro de muitas reuniões produtivas.
“Essa agenda nos aproxima do Ministério para que a gente possa apresentar um plano claro dos investimentos que a gente planeja fazer e para a gente passar as demandas do setor também. Um setor muito importante, fundamental para infraestrutura do Brasil, com demandas muito importantes a curto médio e longo prazo”, indicou Ricardo Gessi, presidente da Zurich Brasil.
Para Alexandre Monteiro, presidente da RioGaleão, “o encontro de hoje vai fazer com que concessionárias e o Ministério de Portos e Aeroportos possam trabalhar juntos no desenvolvimento do setor aeroportuário. Certamente essa primeira reunião abrirá caminho para que muitas outras possam ser realizadas durante esse ano”, ressaltou.
Aviação em números
Responsável por administrar 59 terminais no país, as 12 concessionárias privadas já investiram cerca de R$ 28,5 bilhões em melhorias de infraestrutura e serviços aos usuários. Atualmente, os aeroportos concedidos são responsáveis por transportar cerca de 92% dos passageiros no mercado doméstico e internacional e 99% do total de carga aérea transportada. Desde o início das concessões, foram criados cerca de 150 mil empregos diretos.
Assessoria Especial de Comunicação Social
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